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Mês: janeiro 2018

6 documentos necessários para amortizar o financiamento com FGTS

O sonho da casa própria nem sempre se concretiza na entrega das chaves. Para quem adquire o imóvel por meio de financiamento, há ainda uma etapa a ser vencida: a quitação do débito.

Geralmente, é uma dívida de anos, impactada por juros que elevam o preço pago pela residência. Por isso, reduzir o saldo devedor é tão importante. Uma opção a considerar é amortizar o financiamento com FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Confira por que essa escolha é vantajosa e quais são os documentos necessários para fazer o abatimento.

Por que amortizar a dívida?

Há várias formas de financiar um imóvel, mas as principais linhas de financiamento usadas no Brasil são disponibilizadas pela Caixa Econômica Federal, que oferece condições atrativas para o comprador, como prazo de até 35 anos para o pagamento das parcelas.

Se, por um lado, o prazo maior permite encaixar as parcelas no planejamento financeiro das famílias, por outro, torna o saldo a pagar mais pesado. Isso porque a taxa de juros do financiamento incide sobre o saldo devedor.

Mensalmente, o valor devido é atualizado. Se faltarem R$ 103.000,00 para quitar seu imóvel e hoje você pagar uma parcela no valor de R$ 3.000,00, o seu saldo devedor será de R$ 100.000,00. Considerando uma taxa de juros de 12% a.a., o valor devido será corrigido para R$ 101.000,00.

Perceba que o esforço a ser feito no decorrer do pagamento das parcelas é alto. Por isso, é importante reduzir ao máximo o saldo devedor. Na amortização, o comprador paga uma quantia considerável com o objetivo de diminuir o débito e, consequentemente, a incidência de juros totais.

Recorrendo ao exemplo anterior, caso você pague 3 parcelas de R$ 3.000,00 de uma só vez, o seu saldo cairia de R$ 103.000,00 para R$ 94.000,00, que, atualizado, ficaria em R$ 94.940,00.

Na primeira situação, a parcela de R$ 3.000,00 efetivamente reduziu o saldo em R$ 2.000,00. Ao passo que, no cenário seguinte, o abatimento no valor de R$ 9.000,00 abateu R$ 8.060,00.

Observe a seguir como isso faz diferença no seu bolso.

Situação 1:

  • saldo devedor = R$ 103.000,00;

  • parcela = R$ 3.000,00;

  • saldo atualizado = R$ 101.000,00;

  • percentual efetivamente abatido da dívida = 1,9%.

Situação 2:

  • saldo devedor = 103.000,00;

  • parcela = R$ 9.000,00;

  • saldo atualizado = R$ 94.940,00;

  • percentual efetivamente abatido da dívida = 7,8%.

Sempre que possível, a amortização precisa ser considerada para garantir segurança financeira e preservar ao máximo o orçamento da família. Faça as contas e veja como poupar dinheiro a fim de abater parte do saldo devido é interessante, sobretudo quando se utiliza recursos que estão perdendo valor aquisitivo para a inflação, como é o caso do FGTS.

Vale a pena tirar o dinheiro do FGTS?

Consagrado historicamente como a poupança do trabalhador, o FGTS é uma reserva constituída mês a mês ao longo de anos. Mensalmente, 8% do salário é depositado na conta do assalariado com carteira assinada.

Mas as semelhanças entre a poupança tradicional e o FGTS se encerram aí. Diferentemente dos recursos colocados na poupança tradicional, o saldo do FGTS tem um rendimento tão baixo que não se pode dizer que o beneficiário está ganhando rentabilidade com o dinheiro aplicado no fundo. Pelo contrário, na comparação com os índices de inflação, o efeito é o oposto: ele está perdendo dinheiro.

O saldo do FGTS é reajustado pela Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. A TR é um percentual inexpressivo, próximo de zero. Embora a remuneração básica da poupança também seja baseada na TR, o rendimento adicional varia de acordo com a Taxa Selic (que determina os juros básicos da economia).

Quando a Selic for superior a 8,5%, a poupança renderá a TR mais 0,5% a.m. (equivalente a 6% a.a.). Quando a Selic estiver abaixo de 8,5%, o rendimento da poupança será TR mais 70% da Selic a.m.

Dessa forma, para que a poupança tivesse seu rendimento equivalente à remuneração do saldo do FGTS, a taxa básica de juros teria que ser inferior a 0,5%. É fácil perceber, portanto, que o dinheiro parado no FGTS vai perdendo seu valor quanto mais tempo ficar acumulado. Basta comparar com os índices de inflação.

De acordo com cálculos do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, para uma pessoa que tinha em julho de 1999 um saldo de R$ 10.000,00, e considerando uma taxa de juros anuais de 3%, a situação em 10/06/2017 seria:

  • saldo com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) = R$ 55.916,20;

  • saldo oficial com base na TR = R$ 23.156,05;

  • perda acumulada = R$ 32.715,15.

Requisitos para amortizar o financiamento com o FGTS

Mesmo diante da baixa remuneração do saldo do FGTS, o trabalhador não pode sacar o valor reservado para investi-lo em outro tipo de aplicação mais rentável. Por isso, vale a pena retirar ou usar o saldo do fundo sempre que for possível.

Em regra, o saldo do FGTS é retirado no caso de demissão sem justa causa. Fora isso, há poucas opções para usar o dinheiro reservado. Entre elas, a mais vantajosa é a utilização do saldo para aquisição de imóvel ou amortização do financiamento habitacional.

A Caixa Econômica Federal, gestora do FGTS, exige que o interessado tenha 3 anos de trabalho sob o regime do FGTS, somando-se os períodos trabalhados, consecutivos ou não, na mesma ou em diferentes empresas.

Há restrições para quem é titular de outro financiamento ativo concedido no âmbito do Sistema Financeiro Habitacional (SFH), em qualquer parte do território nacional, ou é proprietário, promitente comprador, usufrutuário, possuidor ou cessionário de outro imóvel residencial concluído ou em construção no atual município de residência ou onde exerça sua ocupação principal, nos municípios limítrofes e na região metropolitana.

Os documentos obrigatórios a serem apresentados são:

  1. RG e CPF ou CNH válida (cópia e original);

  2. comprovante de estado civil (cópia e original);

  3. Carteira de Trabalho original e cópia das páginas com a foto, qualificação civil, contrato(s) de trabalho e opção pelo FGTS;

  4. matrícula individualizada do imóvel (cópia e original);

  5. comprovante de residência atual (cópia e original);

  6. Declaração de Imposto de Renda completo inclusive com o Protocolo de Entrega e Declaração de Imposto de Renda Retificadora caso tenha feito.

Quer amortizar o financiamento com o FGTS? Entre em contato conosco e obtenha mais informações.

Saiba como planejar e ler a planta de uma casa

Quem nunca sonhou em planejar sua própria casa? Se a compra da casa própria já é, por si só, uma realização pessoal, imagina se ela for do jeitinho que você sempre sonhou!

Entretanto, desenhar um imóvel é um projeto arquitetônico que exige certos conhecimentos específicos. Confira agora as nossas dicas para planejar e ler a planta de uma casa sem complicações.

O que é a planta de uma casa e para que ela serve?

Também chamada de planta baixa, a planta de uma casa é o desenho de uma construção feito a partir de 1,5 metro da base. É como construir a casa e cortá-la horizontalmente nessa altura, observando seu interior por essa “tampa” que foi aberta.

É por esse esquema que se observam a disposição dos cômodos, as medidas e espessuras das portas e paredes, além de outras marcações indispensáveis para a construção.

A planta é o balizador de todo projeto, já que a partir dela se definem os detalhes de instalação hidráulica, fiação elétrica, inclinação do telhado, esquadrias e especificações do alicerce. Esse trabalho torna possível, também, que se visualize a posição da construção dentro do terreno.

Além disso, na planta estão descritas a largura e a altura das janelas e a localização de pias e vasos sanitários.

Em geral, é esse o desenho entregue para os pedreiros ou para a construtora que ficará responsável por levantar a propriedade.

Como ler a planta?

O primeiro passo para que você leia a planta de uma casa é entender os elementos, os símbolos e as convenções desse tipo de esquema.

É importante compreender que a planta é uma representação gráfica em miniatura, mas não um simples desenho reduzido. As medidas são proporcionais, e a escala utilizada, em geral, é a 1:50. Isso quer dizer que cada centímetro desenhado equivale a 50 centímetros reais.

Uma parede de 2 centímetros de largura, portanto, equivale a uma parede de 2 metros. Mas você não precisa pegar uma calculadora e sair medindo os cômodos; a planta também informa a metragem de cada espaço da casa.

Flechas no local onde está representado o telhado indicam a inclinação que será aplicada na construção. As telhas estão representadas por diversas linhas paralelas.

Esse detalhe é importante, já que cada tipo de telha exige um grau de inclinação. Qualquer erro nessa parte pode causar problemas futuros com relação à água da chuva ou telhas que se soltam da estrutura de base.

A marcação de portas é feita por meio de um semicírculo que indica a direção para onde a porta abre. Essa informação é essencial para que o proprietário planeje a distribuição dos móveis da casa e avalie as áreas de circulação.

Embora hoje existam os projetos em 3D, a planta baixa é a melhor opção para visualizar o tamanho do imóvel e entender se a casa é funcional.

Nos cômodos onde há a necessidade de planejamento hidráulico, é possível observar desenhos de pias, tanques e outros objetos que exigem a instalação. Esses são detalhes importantes, pois o cômodo que vai receber o encanamento precisa estar preparado para isso.

Como começar a elaborar a planta?

A fim de que você consiga elaborar por conta própria o projeto de sua casa é preciso atenção a alguns detalhes. Ainda que a construtora esteja apta a alertá-lo para certos erros, o ideal é que tudo saia conforme você planejou, não é mesmo?

Você pode começar com lápis e papel, mas o ideal é que você use um software especializado para a elaboração de plantas de casa.

Tenha em mãos o tamanho do terreno e da casa que você pretende construir, para que a distribuição dos cômodos e seus tamanhos sejam fidedignos e possíveis.

No papel, divida o imóvel em cômodos e escreva o nome de cada um, também com uma estimativa de tamanho  posteriormente o computador ajudará você com uma versão definitiva. 

Represente seus móveis com desenhos para conseguir visualizar o tamanho da área de circulação e ver se é melhor modificar seus cômodos.

Tome o máximo de cuidado para não elaborar um quadrado sem entradas! Planeje suas portas e janelas de acordo com a posição do sol e imagine-se circulando pelo imóvel.

Procure não se limitar à sala, cozinha e quarto e planeje, também, quanto do imóvel será reservado para área de serviço e garagem. Esses espaços são facilmente esquecidos, e isso pode causar um aborrecimento bem grande no futuro.

Que cuidados devo tomar na hora de planejar a planta?

Certifique-se de que o projeto da sua casa leva em conta o recuo, ou seja, a distância entre a parede e o muro da sua casa. A legislação de cada município pode determinar um número, mas, em geral, o recuo deve ser de 1,5 metro na lateral e de 5 metros na fachada.

Considere a espessura das paredes. A ponta fina de um lápis pode fazer uma grande diferença no resultado da construção se a espessura não for bem detalhada. Elas costumam ter 15 cm, mas podem exigir outras dimensões, dependendo da estrutura e do material utilizado.

Evite criar corredores na planta da sua casa. Eles ocupam espaço e não têm quase nenhuma funcionalidade.

Pense na iluminação e na ventilação do ambiente. A entrada de luz solar economiza energia e valoriza o imóvel. Para que o espaço seja arejado, é comum criar a ventilação cruzada, ou seja, planejar janelas e entradas de ar em lados opostos para que o haja circulação pela casa.

Devo procurar consultoria profissional?

Ainda que qualquer pessoa possa começar agora a criar o projeto de um imóvel, esse é um trabalho que deve ser acompanhado por um arquiteto. Esse profissional vai analisar a viabilidade da sua construção e terá olhar clínico para identificar os detalhes que podem resultar em problemas no futuro.

O arquiteto também é o profissional mais indicado para planejar sua obra de acordo com os materiais que você quer utilizar e a verba que você tem  tudo sem comprometer a qualidade e a segurança.

Não hesite na hora de contratar um arquiteto para assinar a planta de uma casa e tenha o imóvel que sempre sonhou. Você pensa em construir sua casa e não sabe por onde começar? Leia agora nosso post com dicas para planejar sua construção e nada dar errado!

 

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